Saiba como funciona a investigação de pessoas desaparecidas

Os dados são preocupantes: quase 200 pessoas desaparecem diariamente no Brasil. A informação é de um relatório do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, divulgado em 2017. Em uma situação como essa é difícil saber o que fazer. Muitas vezes, a contratação de um detetive particular pode ajudar na investigação de pessoas desaparecidas.

As queixas de desaparecimento entre 2007 e 2016 somaram mais de 690 mil casos. Na lista de desaparecidos, entre o intervalo de tempo citado, São Paulo é o estado que lidera o ranking. Logo atrás estão o Rio Grande do Sul e o Rio de Janeiro. Contar apenas com a agilidade policial pode não ser o bastante em casos de desaparecimento. É por isso que é importante conhecer o trabalho de profissionais, como o de um detetive particular, para não perder a esperança.

Quando alguém é considerado desaparecido?

No Brasil há um mito de que uma pessoa é considerada desaparecida somente após 24h do sumiço. Na verdade, assim que o sumiço é constatado ele já pode ser comunicado a polícia. No caso de crianças e adolescentes, por exemplo, a Lei de Busca Imediata auxilia a agilizar ainda mais as buscas.

Se alguém deixa de fazer contato e não é localizado por ninguém, pode ser considerado desaparecido. No caso das crianças, a polícia tem como obrigação iniciar uma investigação. Já para adultos, a orientação é de que se aguarde 48h, mas o boletim de ocorrência deve ser realizado assim que for identificado o desaparecimento.

Investigação policial

Após o boletim de ocorrência, a polícia inicia uma busca em hospitais públicos e no Instituto Médico Legal (IML). Em muitos casos esse procedimento é efetivo, pois o sumiço pode ter relação direta com acidentes de trânsito, por exemplo.

Quando a pessoa não é encontrada nesses locais, é aberto um inquérito policial para investigar a ocorrência de um crime. Nesses casos entram as suspeitas de sequestro e assassinato. Com o inquérito é possível solicitar a quebra de sigilos bancário e telefônico, por exemplo, como forma de averiguação de qualquer pista oriundas desses dois canais. Por meio deles é possível mapear os últimos passos da pessoa até ela desaparecer.

A polícia deve comunicar ainda outros órgãos e até mesmo oficiais rodoviários, de aeroportos e hospitais. No desaparecimento de crianças isso é ainda mais importante para evitar o tráfico de menores.

Em tese, a polícia segue com o inquérito. Contudo, após um tempo sem informações a investigação de pessoas desaparecidas “esfria”. Assim, as buscas são retomadas normalmente apenas quando surgem novas informações do caso.

Detetive particular: como pode ajudar?

Uma das alternativas para os familiares na investigação de pessoas desaparecidas, é a contratação de um detetive particular. Esse profissional dedica-se a investigar minuciosamente o caso. Embora a polícia realize investigações, o grande número de casos pode levar à lentidão.

O papel de uma investigadora particular é justamente acelerar essa busca. Antes de perder as esperanças é preciso insistir e buscar alternativas além da polícia. Em São Paulo foram localizadas 24.139 pessoas de um total de 26.489 desaparecimentos em 2016. Esse dado demonstra que investigar a fundo o paradeiro do indivíduo traz grandes chances de um desfecho feliz.

O detetive particular inicia o seu trabalho inteirando-se do caso. Ele coleta informações com as pessoas mais próximas e depois vai expandindo a busca. Amigos, local de trabalho, universidade: todos os meios por onde ele circula são considerados locais com potencial pistas para desvender o ocorrido.

Os dados obtidos podem fazer a diferença durante a busca. O detetive particular possui ainda o diferencial de contar com recursos, como aplicativos de rastreio, que ajudam na investigação de pessoas desaparecidas. Anos de experiência também contam para identificar os possíveis rumos do caso.

Ao contratar uma investigadora particular não se anula a investigação policial. Ao contrário disso, o que um detetive particular faz é oferecer ainda mais informações à polícia. É esse profissional que, muitas vezes, encontra novos dados que possibilitam a reabertura do inquérito.

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